Edição Especial - Boletim do Instituto de Saúde. Celebrando histórias que transformaram a saúde. Mais do que um testemunho dos marcos e eventos que distinguiram a construção do SUS, esta edição especial é um mergulho profundo nas experiências pessoais, nas lutas e nas vitórias dessas pessoas, que contribuíram, de várias formas, para o aprimoramento do SUS em São Paulo e no Brasil.

Falta agregar políticas que façam diferença nos cuidaddos e na qualidade de vida da população. Equilíbrio entre oferta e demanda por profissionais é crucial para o desempenho qualitativo e quantitativo do sistema. Por OLÍMPIO BITTAR

Reprodução de entrevista publicada no blog da CONJUNTURA ECONÔMICA - FGV IBRE. André Medici, consultor internacional em Economia e Gestão de Saúde, membro do Board da United States Healthcare Alliance (USA-HA), Por Solange Monteiro, do Rio de Janeiro. Em 2021, segundo levantamento da Agência Nacional de Saúde (ANS), operadoras de planos de saúde registraram a entrada de 1,5 milhão de novos beneficiários. Estima-se que o movimento foi motivado pela pandemia e pelo reajuste negativo dos planos individuais e familiares.

Os objetivos deste estudo foram verificar a eficiência da gestão por Organização Social de Saúde (OSS) comparada com o setor privado; se há economia para a Secretaria do Estado da Saúde (SES) nos contratos de gestão para custeio da produção de um hospital público frente aos valores de produção faturada pelos métodos privados e estabelecer se os valores faturados pela tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) financiariam os mesmos procedimentos.

A busca pelo desempenho é um fenômeno mundial! Sem mostrar bom desempenho a legitimidade é questionada. A crescente importância de que é preciso conhecer para poder agir, constitui-se em elemento nuclear no desenvolvimento da avaliação em saúde, assim como da legitimidade de propostas de gestão da qualidade em serviços de saúde, e ainda de avaliação e desempenho de programas e sistemas de saúde.

A definição do melhor modelo para que sejam alcançadas as almejadas melhorias, como o acesso da população aos serviços de saúde no tempo e da forma correta, utilizando os recursos necessários (nem mais nem menos), deve considerar a cultura do país e das localidades onde a política será aplicada, assim como a disponibilidade financeira e as formas de adequá-la a real necessidade, a disponibilidade dos demais recursos (como profissionais, unidades assistenciais devidamente equipadas, e insumos). Para tanto há a necessidade de um debate sem hipocrisia, claro, através do qual as cartas sejam postas na mesa para que a sociedade, por meio de representantes atue, participe.

No dia 5 de novembro de 2019, foi lançado em Brasília o livro “Boas práticas na gestão de parceria com o Terceiro Setor na Saúde”, resumo das apresentações realizadas no evento promovido nos dias 22 e 23 de agosto de 2018, na sede do Tribunal de Contas da União (TCU). O evento reuniu dirigentes de organizações sociais, secretários de saúde e representantes dos tribunais de contas e do Ministério Público, com o objetivo de debater questões para o aperfeiçoamento das relações entre o poder público e o terceiro setor na área da saúde. A professora e assessora de gabinete da Escola de Contas do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, Eliana Verdade, realizou a palestra intitulada “Conflitos entre a ótica de gestão e a ótica da lei” (p.168). Durante os dois dias de seminário foram realizados painéis com discussões sobre o tema, como: requisitos para a decisão de celebração de parceria, condições e metas dos contratos de gestão, aquisições e contratações de pessoas e serviços pela entidade parceira e a transparência na parceria com entidade do terceiro setor. O encontro foi uma iniciativa conjunta do TCU, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross). Clique no título para fazer o download.

O sistema público de saúde brasileiro é considerado o maior do mundo, e iniciativas que permitam análise e habilitação na organização do SUS devem ser priorizadas. A proposta é oferecer uma visão atual da estrutura e fluxos dos sistemas e serviços de Saúde, pela perspectiva de busca da eficiência na aplicação dos recursos na Saúde Pública.

“Os recursos da Saúde são insuficientes para as necessidades e desperdiça-se em outras coisas. Não estou nem discutindo o que se perde com corrupção ou por sistemas de compras mal feitas. Estou falando em não saber como gasta. Não vou discutir o que se desperdiça em contratações, duplicações, etc. Se olharmos para bons serviços de saúde que existem no Brasil, mesmo em alguns hospitais de pequeno porte e caros, a produtividade ou a efetividade deles é pequena”.

Incentivar a inovação tecnológica e de gestão em instituições públicas e privadas (lucrativas ou não) se torna a forma de sobreviver em tempos de mudanças profundas e rápidas nos cenários ambientais, socioculturais e econômicos, em especial nos momentos de crise, como é o caso brasileiro, garantindo a viabilidade das instituições.